Olá irmãos de fé!
Sempre passo alguns dias sem escrever, mas quando volto procuro sempre trazer coisas bacanas para vocês.
Hoje eu vou compartilhar um pouco de uma experiência recente que tive e que mostra como os nossos guardiões são vivos e presentes em nossa vida.
Final de semana desses eu fui para o meu ilê axé pois estamos em obras e, nessas situações toda ajuda é bem vinda. Óbvio que eu conto os dias para ter a oportunidade de estar em contato com sagrado, colocar os pés no chão e agradecer de pertinho todas as bênçãos que recebo constantemente em minha vida. Bom...
Cheguei lá bem cedinho, levei pão para tomarmos café e esperarmos pai levantar para vermos as coisas. Enquanto conversávamos, pai chegou do meu lado e começou a fazer carinho na minha cabeça e, de repente ele grita " Laroyê Exu!". Eu me arrepiei dos pés à cabeça. E ele chamava e chamava, até que eu não vi mais nada. A única coisa que eu sentia era meu corpo fazendo movimentos involuntários e é só do que me recordo.
Quando voltei à realidade, tinha nas mãos uma lista de coisas para fazer e um recado, que pra mim não estava muito claro. Exu dizia que, em relação a determinada pessoa que ele chamou de "gordo", era pra eu não ficar mais segurando a pemba dele e ficar só ouvindo. Beleza! Quem me conhece sabe que sou meio lerda ás vezes então, não entendi o recado logo de imediato.
Passou. Dia desses um amigo meu de muitos anos veio em minha casa e, como nas demais vezes ele se sentou e começou a falar (ou melhor, reclamar). E falava e falava, e ia falando. Eu só ouvindo e pouco falando como sempre fiz. Sou o tipo de pessoa que não dá opinião nos assuntos a não ser que me peçam. Não gosto de opinar porque também não gosto que deêm opinião na minha vida, a não ser que eu peça. Então continuemos...
Daí ele falava e falava, e falava e falava como sempre fez, e eu só ouvindo. Acabou meu horário de trabalho e ele, igualmente foi embora. Eu senti que, quando tranquei o portão minha expressão mudou. Senti como se um Egum tivesse sentado nas minhas costas! Entrei e fui pra cozinha ver algo para jantarmos.
Resolvi fazer um macarrão que era mais rápido por causa da hora. Resumindo... O saco de macarrão escorregou da minha mão e espalhou macarrão pra todo lado. Fui fritar uns bolinhos de bacalhau, e pra variar, a cada bolinho que eu colocava no óleo era um "Puf!", parecendo que eu havia jogado água no óleo quente. Tudo desandando, mas mesmo assim eu fiz a comida.
Falei pro meu marido: "Vou acender um incenso e passar na casa pra ver se melhora porque eu estou me sentindo pesada.", e aí meu marido vira e fala: "Filha... o gordo!"
Quase chorei!
Naquele momento entendi o que o meu exu tinha me dito. Ele quis dizer, e isso vale para qualquer pessoa que entre na minha casa, que eu agora ia ficar por conta própria. Que ele não ia mais segurar os problemas que os de fora me trouxessem, que eu ia ter que aprender a falar!
Falar pra pessoa não reclamar, parar de ficar dando conselhos sem ser solicitada e etc. Ali eu entendi as palavras do meu velho. Pela boca do meu esposo!
Eu decidi compartilhar essa história pra mostrar o seguinte pra vocês: Seu orixá e seus guardiões e guias não te abandonam nunca, mas eles te educam! Te mostram que eles estão ali para te ajudar nos SEUS problemas, mas que você precisa aprender a se impor perante as pessoas. Você não é e nem precisa ser psicólogo de ninguém afinal, muitas vezes você tem os seus problemas e, as pessoas em vez de te darem uma palavra amiga vêm com conselhos de resolução.
Então irmãos, confiem! Orixás e entidades estão sempre nos orientando e mostrando o caminho a seguir. E nunca duvidem do que eles te pedem, afinal, você nem sempre vai saber o motivo daquele pedido de imediato.
Axé!!!
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