terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Leituras necessárias

 Olá irmãos de fé!



Passei alguns dias sem escrever mas não foi nem por mal. Estou tentando deixar tudo organizado e esquematizado para que, em outubro eu tenha a tranquilidade de me recolher sabendo que minha casa, meus filhos e minhas coisas estão em ordem.

Nesse interim tenho lido bastante também e feito algumas considerações acerca do que é escrito nos livros. Como já disse anteriormente, nada do que está nos livros substitui uma boa conversa com seus mais velhos, e sua vivência na sua roça de candomblé. Os livros devem servir somente como apoio ao seu conhecimento e, de toda forma deve-se sempre pedir orientação aos seus mais velhos.

Finalizei a leitura do livro O candomblé bem explicado, de Odé Kileuy e Vera de Oxaguiã. Esse livro traz uma visão de entendimento bem simples àqueles que são iniciantes ou iniciados no candomblé. Explica sobre a iniciação, sobre os orixás e sobre as cerimônias que realizamos em nossos ilês. Uma trecho do livro que me chamou muito a atenção é aonde fala acerca das etapas da iniciação. Em determinada parte é dito sobre como algumas pessoas procuram pular as etapas do aprendizado de axé afim de beneficiarem.

Ebomys que ainda são iaôs e andam por aí a tirar filhos de santo indiscriminadamente, ebomys que se acham a nata do candomblé e desfazem dos iaôs e abiãns, ebomys que querem saber e ser mais que seu próprio sacerdote. Veja, eu ainda sou abiã e estou e sempre estarei em constante aprendizado dentro da religião, de nenhuma forma eu vou querer ser ou parecer mais que meus mais velhos! No meu pensamento isso é, além de desrespeito uma grande falta de vergonha na cara, desculpem o termo. 

Mas vamos ao que interessa que são as considerações sobre o livro.

Como é um livro sem linguagem rebuscada se torna de fácil entendimento até mesmo para pessoas que não são da religião. É uma leitura fluida e consistente que aborda todos os principais assuntos que devemos saber acerca do candomblé. Uma literatura que deveria ser recomendada à todas as pessoas com a finalidade de desmistificar a visão, muitas vezes incompleta e errada que têm do candomblé. É um livro inteiramente voltado a esclarecer as principais dúvidas que a pessoa pode ter a respeito da religião porém, deixando bem claro que ali é somente um apoio à fé.

Terminei também a leitura do livro Introdução ao Candomblé do babalorixá Cacioli de Ayrá. Esse também é um livro que deveria ser lido, principalmente por aqueles que pensam em se iniciar para o orixá por vaidade ou modismo. Também é de leitura fluida e fácil entendimento, sem termos rebuscados e palavras mirabolantes.

O que tirei desses dois livros em especial foi o que na verdade eu já possuía em meu coração: a certeza de que o amor ao orixá deve ser maior que tudo, pois eles é que nos guiam e nos ensinam o caminho a seguir. E se por algum motivo não seguimos aquele caminho não somos castigados mas, advertidos de que a escolha que tivemos ou teremos não será boa à nossa evolução.

Na próxima postagem tentarei explicar sobre como o orixá agem em nossas vidas.

Axé!!!

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