Bom dia meus irmãos!
Não vou negar a vocês que, essa proposta de escrever um artigo a cada dia está me fazendo muito bem!
Aqui é um lugar de fala para todos os praticantes, adeptos e simpatizantes às religiões afro. Minha ideia é, levar um pouquinho de conhecimento para aqueles que estão iniciando, assim como eu e, também, desmistificar a história de que nossas religiões são coisas do mal.
Hoje eu vou falar um pouquinho sobre o candomblé. Essa é a religião aonde eu me encontrei e que pretendo seguir pelo restante da minha vida!
O candomblé é uma religião brasileira de matriz africana, advinda da aglutinação de cultos ancestrais africanos, trazida ao Brasil dentro dos navios negreiros pelos escravos.
O que conhecemos hoje com candomblé é uma miscigenação dos cultos ancestrais africanos, que foi criada no Brasil com o intuito de perpetuar o culto aos ancestrais negros, como uma forma de conforto e fonte de esperança para os negros que vinham para cá arrancados de sua pátria natal.
Em África o orixá é como alguém da família, ele é vivo e faz parte tanto da vida diária quanto da tomada das mais diversas decisões. Lá, cada cidade cultua seu ancestral. Por exemplo, em Osogbo é cultuada a orixá Osún, que é um rio. Em Ire é cultuado Ogun, deus do ferro, do cultivo, da tecnologia. E assim em tantas outras cidades, o culto ao orixá é feito pelas suas famílias de forma separada e muito específica.
Aqui, devido à impossibilidade de se fazer dessa forma, devido também à necessidade sincrética dos deuses africanos para com os santos da igreja católica, devido ao fato de não se haverem templos para o culto, os escravos precisaram aglutinar diversos orixás e, muitos desses deuses não conseguiram atravessar o mar, ficando seu culto restrito somente às África.
Um exemplo disso é o culto a Olokun, divindade que habita o fundo dos oceanos, criador das marés, das criaturas abissais, criador do mar. Olokun é tido como pai de Yemonja. Seu culto não veio para o Brasil e, assim como ele, tantos outros Orixás ficaram na África.
Então, o que conhecemos como candomblé é, nada mais que a adaptação do culto ancestral a solo brasileiro. E por isso tenho a opinião de que, nenhum culto ou nação é melhor que o outro. Todos estão em pé de igualdade e devem caminhar de mãos dadas, cada um respeitando a individualidade e fundamento do outro.
É isso por hoje!
Mais pra frente vou trazer uma visão mais histórica do candomblé no Brasil e espero que vocês gostem!
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