Olá irmãos de fé!
Depois de alguns dias sem escrever, decidi trazer para vocês um pouco do meu olhar, da minha percepção sobre a nossa religião.
Hoje, a Ana consciente diz àqueles que querem adentrar os segredos dos orixás o seguinte: se você não tem amor e nem responsabilidade, não entre.
Antigamente, a Ana diria: se você quer, faça.
Já ouviram o ditado "Tudo posso, mas nem tudo me convém!"? Pois é. Ele nunca falha! O candomblé é uma religião que te exige princípios morais que, se não vierem da criação, dificilmente serão aprendidos dentro da religião.
É uma religião aonde idade é sinal de superioridade, ande tempo de santo vale mais que os anos corridos. Uma religião aonde, o fazer por todos é a máxima. Aonde o orixá está sempre em primeiro lugar. Aonde se mata (bichos) para se ter a vida. Aonde abaixar a cabeça não é sinal de inferioridade, mas de humildade e dedicação.
Oque se vê muito por aí são pessoas querendo ser mais do que são, querendo ser maiores até do que o próprio orixá. E isso pra mim é muito triste.
Esse dias por exemplo, eu tive a seguinte experiência: um 'amigo' de anos, ebomy, me pediu uns livros emprestados e eu falei que tudo bem. Entre a leitura dos títulos ele começou a falar que aquela leitura não era pra mim porque eu não sou iniciada, que tinha informações ali que eu não podia saber. Que era uma leitura pra ele que é ebomy. Que eu estava querendo saber mais do que deveria. Que isso e aquilo...
E confesso que os comes dele me fizeram MUITO MAL. Não pelo que ele falou, mas o modo como falou. Como se eu estivesse errada em buscar conhecimento, como se as informações que existem naquele determinado livro fossem a verdade absoluta no candomblé!
Eu já falei em outras postagens, mas não custa repetir: POSSO LER MILHARES DE LIVROS, MAS SE EU NAO TIVER A PRÁTICA DA VIVÊNCIA DENTRO DO ILÊ AXÉ, DE NADA ME ADIANTA TODO ESSE CONHECIMENTO!
A diferença é que, com um pouco de informação você tem a possibilidade de questionar e, assim adquirir mais conhecimento ainda.
Não seja você o mais velho que faz o mais novo se sentir um lixo. Seja aquele que educa, que orienta, que apoia e que ensina para que o iaô seja, no futuro um ebomy que também ensina, orienta e educa também.
Axé!
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