quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Falando sobre rumbê

 Olá irmãos de fé!

Continuando sobre o tema educação de axé, trago para você hoje a palavra de ordem: Rumbê!

 Observem a delicadeza dessa imagem. Uma pessoa mais velha de santo se abaixa e bate cabeça para uma pessoa mais nova, um herdeiro de axé. Essa é uma imagem se não rara, quase extinta de se ver. E é por isso que decidi permanecer no tema da educação e tratar sobre o rumbê. O rumbê vai muito além de "saber executar" tudo que é inerente ao sagrado, o rumbê é um conjunto de atitudes que são esperadas de um bom adepto.

Aproveito aqui para colocar bem a definição de Rumbê dada por Eduardo T'Ogun na página medium.com:

"Ser de rumbê também é ter postura.
É pegar numa vassoura para varrer o barracão, a cozinha, os quartos…
É manter tudo em condições de uso.
É lavar a louça suja na pia, secar e guardar.
É zelar pela ordem e pelo bom andamento da casa.
É lavar a roupa, os panos de prato, as toalhas de mesa…
É ter uma linguagem apropriada.
É tratar todos (adeptos ou não) com educação.
É ter um sorriso estampado no rosto.
É ser atencioso(a).
É guardar os preceitos.
É fazer as coisas antes mesmo de pedirem e não esperar que tudo esteja um caos para depois fazer.
É manter-se calado(a) quanto à conversas em que participou ou ouviu.
É respeitar a todos.
É deixar as dependências da casa impecáveis (cozinha, barracão, quartos, banheiros, quintal…)
É dar sua opinião apenas quando for solicitada.
É não fazer fofocas.
É incluir a todos na comunidade do candomblé, apresentando e sendo amistoso.
É ter empatia.
É ser resiliente, saber aceitar e dar ordens de forma respeitosa.
É impor-se com educação e ternura.
É saber orientar e ser orientado.
É levantar cedo e cumprir suas tarefas.
É tratar como gostaria de ser tratado(a)."

Essa definição acima explica muito bem o que é o rumbê. E aí eu te pergunto: existe rumbê nos praticantes e adeptos às nossas religiões?
Eu também respondo ao questionamento: depende, talvez, quem sabe.

Como eu falei na postagem anterior e ilustrei também na imagem, algumas pessoas ainda tem esse tão famoso rumbê mas o que vemos por aí constantemente é a falta dele. Triste...

Mas vamos lá!

Para terminar essa postagem, deixo aqui um texto de Luciene Reis que foi postado na página do Ilè Omorode Àse ÌyáOmi no facebook:

"Eu sou de KONDOMBRÉ. Não de candomblé dos eruditos, que alardeia excesso de fé nas redes sociais e acha que pode destratar quem guardou esse segredo e religião com tantas dores durante todos esses anos. Não sou de candomblé e sim de KONDOMBRÉ. KONDOMBRÉ de mulheres pretas semianalfabetas e guerreiras que abriram mão de muita coisa, pra que hoje se possa falar e ostentar contas com orgulho.
 
Sou de Kondombré de mulheres e homens retintos, de pés rachados, por que aprenderam que KONDOMBRÉ É PÉ NO CHÃO e amor por orixá acima de tudo. Sou de KONDOMBRÉ que importante é orixá e não pessoas arrogantes e que acham que porque estudaram, podem e sabem mais.
Sou de KONDOMBRÉ de mulheres que aprenderam a força da folha, a força da pedra, a força do vento na vivência cotidiana nos terreiros e não em Google, livros ou teses de mestrados. Sou de KONDOMBRÉ que preserva o sagrado. Que sabe que pouco é mais! Que reverência orixá por sua força e não pelo que veste. Que conhece segredo de orixá no abraço deste, nos movimentos que faz. Sou de KONDOMBRÉ preservado e aprendido com mulheres que sabe a qualidade e a força do orixá por seu Ilá. Orixá queira que um dia eu tenha essa sabedoria. Portanto, quando quiser ridicularizar essas na internet, aprenda primeiro a tirar uma folha, a conversar com o tempo, pedir força aos ventos que estão ai e sempre foi preservado por essas, sem a força da escrita como você considera “ correta”.

“Quero ver meus filhos com anel no dedo e aos pés de Xangô”, dizia mãe Aninha. Essa frase, expressa seu desejo para que chegássemos a universidade, não para ridicularizar os saberes destes, mas para que melhorássemos nossa qualidade de vida, sem esquecer ou disfarçar a herança DE TERREIRO. A escrita e o conhecimento acadêmico não chegou pra gente deslegitimar a essas. Ao contrário, esse conhecimento é para fazer com que seus saberes e diplomas aprendido da força da palavra, na caída dos búzios na maneira como se tira ou massera a folha, seja reverenciado.

Por isso, me orgulho de ser de KONDOMBRÉ. Sou de KONDOMBRÉ que usa ferramenta e deixa a atenção para orixá e não de CANDOMBLÉ que usa PARAMENTAS e deixa a atenção para o ego de quem o veste. Sou de KONDOMBRÉ que tem medo das “veia”, por conta da exigência destas. De KONDOMBRÉ que orgulho para quem chama ele assim, é ver um iniciado respeitando todo seu esforço para que ele possa fazer parte desta comunidade e não para ridiculariza-las como se o que elas fizeram até aqui não fosse nada. Sou de KONDOMBRÉ que tem o maior orgulho quando um iniciado cumpre os ritos religiosos, e mostra que foi iniciado(a) corretamente (tento fazer isso, ainda não sou o exemplo) e tem “rumbê”.

Sou de KONDOMBRÉ, porque é assim que se preserva o sagrado e não de CANDOMBLÉ que humilha as pessoas por ego e dinheiro. Sou de KONDOMBRÉ que a caída das sementes, traz a força e a energia necessária e não de CANDOMBLÉ que escarneia e humilha o outro. Então, preste atenção antes de ridicularizar, quem fala KONDOMBRÉ. Sua escrita erudita, não tem força pra caída do búzios ou da folha trazida em uma travessia de dor.
"

Texto de Luciane Reis
Raiz Ancestral


Axé!





Sobre comportamento de axé

 Olá irmãos de fé!

Hoje quero trazer para vocês um tema talvez pouco discutido entre os praticantes da Umbanda e do Candomblé: a educação de axé.



Observem bem a imagem acima...

Quando eu falo em educação de axé não digo a educação de falar por favor, com licença e obrigada. Eu falo de uma educação que vai muito além disso. Falo de hierarquia, responsabilidade, cultura, entre outros aspectos que são inerentes às nossas religiões e que, por muitas vezes são deixados de lado.

Em seu livro Introdução ao Candomblé, o babalorixá Caccioli de Ayrá fala, em uma das questões que, existem muito yawôs passando por cima de seu tempo de santo e fazendo coisas que não lhe saõ autorizadas. Eu vejo muito isso em algumas casas de candomblé aonde sou convidada a ir.

Não estou aqui tecendo críticas à nenhum desses ilês, mas sim aos yawôs que neles estão que, se esquecendo de sua condição de neófitos ainda querem tomar um posto que ainda não lhes foi atribuído. Exemplo clássico disso são os recém feito que tomam sua obrigação de 1 ano e saem de seu ilê axé em busca de outro que lhes dê suas obrigações de 3 e 7 anos seguidamente, na esperança de que isso os tornará ebomys e eles poderão então abrir suas casas de candomblé.

Você não dá aquilo que não teve! Essa máxima aristotélica é fato. Na minha humilde visão, um neófito que se comporta dessa forma jamais será um bom babalorixá ou yalorixá. Cada coisa vem a seu tempo em nossa religião. Para que você chegue à sua obrigação de um ano é necessário que você passe o seu resguardo da iniciação. Consequentemente, para que você chegue à sua obrigação de 3 anos é necessário que você tenha tomado sua obrigação de 1 ano e tenha tido o aprendizado necessário que esses 2 anos anteriores lhe permitem. E dessa forma para diante.

Muitos entram no candomblé e na umbanda já com a intenção de se tornarem sacerdotes mas, o sacerdócio em nossas religiões não é só questão de destinação mas também de merecimento e aprendizado. Muitos querem, mas pouquíssimos sabem realmente como ser. Acham que colocar a mão na cabeça de alguém, rapar-lhe os cabelos e fazer uma porção de rezas é simples! Ledo engano. Fazer santo na cabeça de uma pessoa, em determinados casos, pode custar-lhe a vida, a sanidade mental e, na melhor das hipóteses a dificuldade financeira.

Escrevo esse post na intenção de alertar àqueles que entram no candomblé ou na umbanda na intenção de pular etapas e já se tornarem babás e yás. NÃO FAÇAM ISSO! Além de denegrirem a imagem de sacerdotes que têm anos de conhecimento, vocês também põem em perigo àquelas pessoas que lhes entregam a cabeça! Pensem se vocês gostariam que fizessem o mesmo com vocês?

Vou deixar aqui abaixo algumas coisas que eu acho importantíssimas de serem lembradas constantemente:

1- Você só dá aquilo que tem. Então não tente pular etapas na esperança de se tornar logo de cara um sacerdote pois, fazendo isso você joga no lixo todo o conhecimento e tradições passadas ao longo de séculos;

2 - Um bom filho tem muito mais chances de ser um bom pai. Se você for um yawô dedicado, as chances que você tem de ser um bom sacerdote são infinitamente maiores;

3 - É perguntando que se aprende. "Ah, mas os meus mais velhos não querem ensinar!", insista! Através da visualização da sua força de vontade para aprender, tenho certeza que nenhum mais velho lhe negará informação;

4 - Seja próativo. Um bom yawô ou vodunce precisa ser próativo. Se oferecer para auxiliar nas tarefas do seu ilê não vai te matar e nem aleijar seus braços e pernas, ao contrário, ajudando você também estará aprendendo;

5 - Não queira saber de tudo. Falo isso no sentido de não querer ser sabichão, de lhe pedirem algo e você falar "Eu sei!". Não seja assim pois, com essa atitude você perde oportunidades preciosas de aprendizado;

6 - Respeite a hierarquia. Se você é abiãn, seja um bom abiãn e não queira ser mais que isso e assim sucessivamente. O seu tempo chegará e com ele todos os direitos e deveres também;

7 - Respeite os cabelos brancos. Na nossa religião, mais importante talvez que o tempo de santo é a idade cronológica. Os mais velhos são nossos ancestrais, estejam eles vivos ou não então, sempre respeite os mais velhos.

"Eu não sou detentor da verdade universal pois ela cabe somente a Deus, mas sou detentor da minha própria verdade pois é ela que guia meus passos para um amanhã melhor." (autor desconhecido)

Axé!

sábado, 6 de fevereiro de 2021

O Igbin

 Olá irmãos de fé!


Nessa postagem decidi falar um pouquinho mais para vocês sobre o igbin.

Para aqueles que não conhecem, o igbin ou caramujo gigante africano (Achatina Fulica), é um molusco comumente utilizado no candomblé, principalmente nas obrigações destinadas ao orixá Oxalá.

Conhecido também como "Boi de Oxalá", o igbin é a sua oferenda preferida juntamente com o ebô.

O igbin  que se utiliza na ritualística do candomblé é adquirido em criadouros de moluscos e normalmente, o mais utilizado é o branco. Muitas pessoas questionam a utilização desse molusco em nossas ritualísticas devido ao potencial de transmissão de doenças porém, a utilização de moluscos em nossas religiões remete a tempos imemoriais aonde, a concha desses animais era utilizada como moeda de troca e possuía valor igual ou maior até do que o próprio ouro.

Abaixo as fotos do igbin e o tamanho a que ele pode chegar, sabendo-se que, em condições adequadas de criação ele pode ficar até maior.




Aqui, algumas informações sobre o Achatina fulica retiradas do acervo da Fiocruz.

"Achatina fulica é uma espécie de origem africana. Temos notícia de que a espécie foi introduzida no Brasil por meio de uma feira agropecuária na década de 80, no Paraná. No entanto, não consta registro de autorização de importação desse material no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O caramujo africano foi importado para consumo humano, como uma opção ao escargot. Este molusco é consumido principalmente na África e tem suas vantagens nutricionais, como ser rico em proteínas. Na feira realizada no Paraná, foram comercializados kits que incluíam a matriz com um número determinado de exemplares e livretos que ensinavam como iniciar a criação. A promessa era de lucro imediato. Porém, como o brasileiro não tem hábito de consumir este tipo de alimento, a demanda não existiu e os criadores soltaram os moluscos inadvertidamente na natureza, sem imaginar o mal que estavam causando."

Não vou discorrer aqui sobre ritualíscas pois, isso seria, além de fora da minha alçada um imenso desrespeito ao sagrado em nosso religião, visto que é necessário uma preparação minuciosa e diversos orôs para a utilização deste animal.

Axé!




Como fazer o cálculo do odu

 Olá irmãos de fé!

Na postagem anterior eu falei sobre o cálculo de odu, e nessa eu explico como se faz o cálculo. Mas é só isso! Cálculos podem ser explicados por qualquer um, mas a essência por trás deles somente um professor formado naquela determinada ciência poderá explicar (nesse caso, nossos babás e yás!).

Vamos lá!

O primeiro ponto a se esclarecer é que, no Brasil são utilizados somente 16 Odus. Esses odus são consultados, no candomblé, através do erindilogum ou jogo de búzios. No jogo de búzios quem "responde" é Esù, orixá responsável pelo movimento e comunicação. Existem outras formas de se sacar os odus que são, a saber: o opele Ifá e o jogo de ikins.

Esclarecido isso, passo à explicação de como se realizar o cálculo dos odus.

Primeiro você fará quatro linhas horizontais e depois as dividirá ao meio com uma linha vertical, como abaixo:

Nesse diagrama você deverá colocar sua data de nascimento da seguinte forma:


Feito isso, você faz o cálculo da coluna da esquerda e depois o da coluna da direita. Lembrando que, nenhuma das duas colunas o resultado pode ser maior que 16. Caso ocorra, deve ser desmembrado o número e somado.

Não compreendeu a explicação sobre o resultado ultrapassar dezesseis? É simples! Veja que na segunda coluna deu 23. Nesse caso precisamos desmembrar o número e somar (2+3=5). Viu!

Feito isso já temos metade do cálculo realizado. Agora faremos uma cruz e nas suas pontas teremos: Norte (em cima) - cabeça
Sul (em baixo) - pés
Leste (esquerda) - esquerda
Oeste (direita) - direita
Centro - núcleo ou placenta

Na cabeça e nos pés você colocará os primeiros resultados. Na cabeça o resultado da coluna da direita e nos pés o resultados da coluna esquerda.

Agora prosseguiremos para os outros resultados...
Para achar o odu da direita, precisaremos somar o resultado da cabeça com o dos pés (5+11=16). Lembrando que, em nenhuma das somas se pode ultrapassar o número dezesseis, e caso ocorra o numero deve ser desmembrado.


Para achar o odu da esquerda, devemos somar o resultado da cabeça com os pés e mais o odu da direita (5+11+16=32 - 3+2=5)


E por fim para achar o odu do núcleo ou placenta, devemos somar os resultados da cabeça com os pés, mais o odu da direita e o da esquerda (5+11+16+5=37 - 3+7=10)



Pronto! Esse é o cálculo dos odus que "regem" os seus caminho porém, agora é a parte mais dificil e a que exige muito preparo e anos de conhecimento e técnica do jogo de búzios... a interpretação desses odus em conjunto com as caídas do jogo.
Por isso que, pode acontecer de algumas pessoas terem o cálculo igual porém, orixás diferente e caminhos diferentes também!
Oque vai determinar o que precisa ser realizado, dentre outras coisas é o jogo de búzios!

Por isso irmãos, entendam que um cálculo é somente um cálculo para aqueles que não detém o conhecimento necessário para desvendá-lo!

Axé!







Cálculo do Odu

 Olá irmãos de fé!



Depois de alguns dias sem postar aqui, venho trazendo um assunto bem bacana.

Esses dias estive estudando sobre jogo de búzios e odus. Ah, mas aí vão falar: Você é uma abian, não devia estudar essas coisas! E aí eu pergunto: Porque não?

Jogo de búzios ou erindilogum é pura ciência! Para que um babalorixá ou yalorixá seja um bom olhador, ele/a precisa ter muitos anos de estudo e observação para entender e decodificar as mensagens que aparecem nas caídas do jogo. Eu apenas estou estudando os odus e suas influências no ser humano, suas características e como isso se encaixa no método divinatório.

Bom... a primeira questão com a qual me deparei foi o cálculo que muitos babalorixás fazem para se chegar aos seus odus. Esse cálculo é baseado em sua data de nascimento e, nele aparecem, em tese, os 5 principais odus que regem a sua vida. Porém, realizando essa pesquisa, descobri também que na Africa não se utiliza esse método. A descoberta do odu de nascimento é feita através de uma cerimônia específica que dura em torno de 3 dias, e nela o oraculista saca esse odu que é o "real" odu da pessoa.

Ah Ana, então você está invalidando a cabala que os sacerdotes brasileiros utilizam para se chegar ao odu da pessoa!? Claro que não! Eu estou apenas elencando aqui o que eu tenho levantado nas minhas pesquisas e, com isso ajudar a difundir e desmistificar a nossa religião.

Eu vejo da seguinte forma... Essa cabala que é calculada pelos babás e yás serve como um norte para a interpretação do jogo de búzios. O segundo ponto é que, se esse cálculo não servisse de nada ele não seria feito e, consequentemente, ensinado ás gerações futuras. Aí um amigo me fala para eu não romantizar a situação! Que fazer esse cálculo está errado e que, continuar perpetuando isso é mais errado ainda. Eu não discuto.

Eu não sou ebomi, não recebi meu oráculo, não fui ensinada a como manipular os búzios, enfim... Como falei acima, não acho certo querer invalidar uma coisa que é feita aqui no Brasil há séculos só por que na África não é feito assim. Acontece que aqui é o Brasil e não a África! Inclusive, o candomblé é brasileiro! Então, se o candomblé nasceu aqui e foi se adaptando à cultura e à regionalidade, porque querer invalidar isso?

Mas a questão é que, em meio a tudo isso e como estudante, eu aprendi a fazer o tal cálculo. E adivinhem o que eu descobri? NADA!!! Exato! Não descobri nada além de uma porção de números. E quando vi aquele monte de números fiquei pensando: E agora? E aí foi onde eu vi que, de nada adianta fazer essa cabala se você não souber entender o oráculo.

Muitos podem até ter achado que eu fui redundante em muitas questões mas, com tudo isso sabe o que eu quis dizer? Eu quis dizer que os nossos mais velhos são a nossa fonte de conhecimento e que, de nada adianta ler livros e estudar artigos, saber fazer cálculos e mais cálculos numerológicos se você não aprendeu a essência dos odus, como interpretar as caídas do jogo e mais... Se você não recebeu das mãos do seu babá ou yá o seu jogo e a permissão para utilizá-lo!

Axé!

Omoloko

 Bom dia, boa tarde, boa noite irmãos de fé! Hoje vou falar um pouco sobre essa nação tão bonita e que, há pouco tempo venho conhecendo: a n...